SÊDE - António Ramos de Almeida


Almeida, António Ramos de 
- SÊDE
Porto: Livraria Latina, 1944.
30, [1] p.; 22 cm - Brochado.
Ilustrações do pintor António Sampaio.
Pequenas falhas na capa sem perda de suporte; miolo muito limpo.
Pouco frequente.
1ª edição
€15.00
Iva e portes incluídos.

No centenário do nascimento de António Ramos de Almeida - David Santos
(...) Desta vez, a escolha recaiu no poeta e ensaísta portuense António Ramos de Almeida. O autor de Sinfonia da Guerra (1939) e de A Arte e a Vida (1941), faria cem anos em 2012 e é ainda nesse contexto evocativo que o Museu do Neo-Realismo apresenta agora uma exposição biobibliográfica sobre alguém que teve um papel decisivo no âmbito da poesia neorrelista e na divulgação e aprofundamento no nosso país da literatura brasileira de inspiração social. Nascido em Olinda, no Brasil, Ramos de Almeida manteve sempre uma ligação estreita com a cultura do “país irmão” e soube, como poucos, fazer a ponte entre os dois lados do Atlântico. Este aspeto particular é, aliás, um dos pontos centrais revelados pela investigação liderada e conduzida pelo Professor Doutor António Pedro Pita a propósito da presente exposição. A sua rigorosa curadoria, bem como o seu ensaio e ainda os textos agora publicados de Valéria Paiva e Maria do Rosário Barbosa vêm provar que António Ramos de Almeida é um autor de relevo no contexto do neorrealismo, e não só. A todos manifesto o meu profundo agradecimento pelo trabalho realizado.(...)

A Vida e a Arte de António Ramos de Almeida - António Pedro Pita
(...) No caso de António Ramos de Almeida, quer esse Sinal de Alarme, quer Sinfonia da Guerra, de 1939 (com prefácio e posfácio de Rodrigo Soares e de Joaquim Namorado, respetivamente), quer mesmo o longo poema de amor intitulado Sêde, editado em 1944, aos quais devemos acrescentar Vulcão (1956), todos mergulham, mais do que na apreensão da guerra, no sentimento de que este é um mundo que acaba: “podes crer, meu amor, / É este o mundo que vai acabar”, como se lê no último fragmento de Sêde, intitulado “Profecia”. Ora, como dizer em arte a perceção da iminência histórica (que não significa cronológica) de uma transformação civilizacional, sempre pensada não se reduzindo a uma estrita dimensão política – essa é talvez a questão mais geral do neorrealismo.(...) A Livraria Latina Editora foi ainda depositária de inúmeras publicações, das quais evidenciamos a obra Sêde da autoria de António Ramos de Almeida.
Impresso em 1944 nas Oficinas Gráficas da Sociedade de Papelaria, Lda. e comercializado a partir de 18 de novembro de 1944, o livro apresenta dezoito poemas com ilustrações de António Sampaio: Lápide; Encontro; Declaração; Liberdade; Sinceridade; Perdão; Pic-nic; Amor eterno; Recordação; Ausência; Saudade; A noite é bela; Tu; Destino; Um filho; Neutralidade; Passeio e Profecia. Encontramos publicidade à obra n’O Comércio do Porto, O Primeiro de Janeiro, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Século e Diário Popular. Para além dos artigos n’O Primeiro de Janeiro, n’O Figueirense e no Diário de Lisboa (assinado por João Gaspar Simões), encontramos publicidade à obra n’O Comércio do Porto, O Primeiro de Janeiro, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Século e Diário Popular.(...)
In: https://www.cm-vfxira.pt/uploads/writer_file/document/6880/20130715121344188941.pdf


António Ramos de Almeida
Escritor português nascido em 1912, em Olinda, Pernambuco, e falecido em 1961, no Porto. Com a publicação do ensaio A Arte e a Vida , em 1941, tornou-se o ideólogo do Neorrealismo. Publicou ainda os livros de poesia Sinal de Alarme (1937), Sinfonia da Guerra (1939) e Sede (1944). A sua atividade desenvolveu-se também nos domínios da política, da docência e do jornalismo.
https://www.infopedia.pt/$antonio-ramos-de-almeida