ESTUDOS E TRABALHOS EXECUTADOS PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL À CIDADE DE MACAU - Adriano Augusto Trigo





Trigo, Adriano Augusto 
ESTUDOS E TRABALHOS EXECUTADOS PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL À CIDADE DE MACAU (em via de publicação)
Macau: Tip. Mercantil de N. T. Fernandes e Filhos, 1923.
174 p.; il.; 24 cm - Brochado.
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- ESTUDOS E TRABALHOS EXECUTADOS PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL À CIDADE DE MACAU
2 volumes
Macau: Tip. Mercantil de N. T. Fernandes e Filhos, 1925.
I vol.: XXI+375 p.; il.; 
II vol.: 272+[76] p.; il.; 24 cm - Brochados.
Todos os três volumes em brochura; capas com falhas e lacunas nas lombadas; miolos limpos; algumas esporádicas manchas de oxidação; devido aos vários tipos de papel com que foram impressos, tem uma ou outra página ligeiramente mais escura.
A primeira obra aqui apresentada, que não surge em nenhuma bibliografia (Porbase, BNP, WorlCat), terá sido de muito reduzida tiragem.
Sendo dois anos passados publicada a versão definitiva, em dois volumes.
Todos os exemplares estão valorizados pela dedicatória do autor.
Muito raros.
1º edição
€120.00 Vendido
Iva e portes incluídos.

(...)
Primeiros estudos
No início do século XX, as autoridades começaram a preocupar-se com a obtenção de água potável suficiente para a população. Em 1905, o general José Emílio Castel-Branco foi nomeado em comissão de serviço para proceder a estudos sobre a matéria. De acordo com os resultados obtidos, seria possível captar água subterrânea no subsolo do vale de Mong-Há, construir no local um reservatório com capacidade de 200 mil metros cúbicos, sujeitar essa água a um tratamento rudimentar e distribuí-la depois aos consumidores. Todavia, os estudos do general não progrediram por haver poços em quase todas as casas ou bairros e de se considerar prioritária a electricidade.
Em 1912, as autoridades iniciaram a canalização de água salgada, para esgotos e lavar ruas, servindo ainda para combater incêndios. Juntamente com a canalização, construiu-se um reservatório de água salgada, na Colina da Guia, enchido por meio de bombas elevatórias de água do mar. Foi a primeira rede de água de Macau e também o primeiro reservatório da cidade.
Além dos benefícios enumerados, esta rede, cujos trabalhos de ampliação se prolongaram por vários anos, teve efeitos imediatos na desratização urbana e no combate à peste.
Novo projecto
Em 1919, o coronel Adriano Augusto Trigo assumiu a Direcção dos Serviços de Obras Públicas de Macau, tendo como principal missão o desenvolvimento de um projecto para resolver o problema do abastecimento de água potável.
Trigo, que também era engenheiro, traçou um plano que abarcava duas áreas – águas pluviais e águas subterrâneas – tendo presente que Macau seria abastecida com os recursos da península. Partindo das indicações coligidas pelo general Castel-Branco, e após um estudo das condições hidrológicas da península, apresentou o projecto das obras de exploração de águas na Colina da Guia, assim como recomendações acerca das pesquisas de águas subterrâneas no vale de Mong-Há.
O projecto incluía a construção de um reservatório na Colina da Guia, para captação de águas pluviais, de um reservatório no sítio da Flora, com o intuito de recolher as águas exploradas na Colina da Guia, e dos primeiros sete fontenários da cidade, para distribuição da água. As obras, concluídas em 1925, vieram revolucionar o abastecimento em Macau.
Quanto às pesquisas de águas subterrâneas no vale de Mong-Há, registou-se a existência de água a uma profundidade de 57,5 metros, tendo as análises posteriores revelado ser de boa qualidade. Descobriu-se ainda um manancial de água doce no estuário do rio Oeste, ao norte da península.
Porém, uma comissão de técnicos, anteriormente nomeada pelo Conselho Executivo, com o objectivo de estudar as bases gerais em que deveria fazer-se o abastecimento de água à cidade, apresentou um relatório em 1924 que veio alterar a situação. Continha um plano mais ambicioso, mas na prática apenas teve como consequência o embargo da situação, até ser dada a concessão do monopólio do abastecimento de água potável a uma empresa particular.
(...)

http://www.revistamacau.com/2015/06/29/a-longa-luta-de-macau-pela-agua-potavel/