Carneiro, Rui de Sá
- ORDEM DO IMPÉRIO,
Lisboa: s.n., 1960.
187, [2] p., [2] f.; 26 cm - Brochado.
Miolo irrepreensível; pequena lacuna na parte inferior da lombada.
Colectânea de artigos publicados entre 1947 e 1959.
I - NA EXPRESSÃO POLÍTICA DE UMA CONSCIÊNCIA NACIONAL
Panorama
História breve de uma política
Presente e futuro da comunidade portuguesa
Ao princípio foi Salazar
A nau e a tormenta
E os pretos?
II - NA EVOLUÇÃO DAS ESTRUTURAS ECONÓMICAS E SOCIAIS
Grandeza e variedade
Progresso
Experiência e eficiência
A maior pensão
Fronteira naturais da industrialização ultramarina
Encontro de economias
A Igreja e a África Portuguesa
III- NA CONJUNTURA ALUCINANTE DE UM MUNDO EM DESVARIO
A Europa e a África de mãos dadas
Goa e Moscovo
As chaves da casa forte
A lei da selva e a lei de Deus
Caminhos difíceis e perigosos
Atenção à esquerda
Nacionalismos sem nação
Nações e homens de palavra
Crise de autoridade em África
Auto de vistoria
Comentário final
Pouco frequente.
1ª edição
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(...)
Ruy de Sá Carneiro, engenheiro, político e colonialista, nasceu em Lisboa, a 26 de Julho de 1899, e morreu, na mesma cidade, a 25 de Abril de 1963. Depois dos estudos secundários, inscreveu-se no curso de Engenharia Civil, do Instituto Superior Técnico, no ano de 1916, que concluiu em 1921. Em 1922, partiu para Angola onde fora colocado no quadro de Obras Públicas e Minas, tendo desempenhado várias funções nesse organismo oficial, ente as quais destacaremos as de chefe da Repartição Técnica de Hidráulica, director dos Serviços de Indústria e Minas e director das Obras Públicas, a partir de 1928.
A par das actividades técnicas e profissionais, desempenharia nesta possessão da África Ocidental outras funções, algumas delas de carácter político. Assim, começaria por ser o representante em 1926 do Governo português junto da empresa encarregue da reconstrução do caminho-de-ferro de Luanda. Depois foi ainda vogal do Conselho Legislativo, vogal do Conselho Superior de Estatística, delegado de Angola em 1936 à Conferência Económica do Império, presidente da delegação do Império Colonial Português às Conferências de Telecomunicações realizadas no Egipto em 1938. Acabada a sua missão em Angola, regressou em 1936 à Metrópole, tendo nessa altura sido colocado como chefe interino da Repartição de Obras Públicas, Portos e Viação da Direcção Geral do Fomento, do ministério das Colónias, cargo que assumiria em 1939. Nesse mesmo ano foi nomeado secretário geral do mesmo Ministério, função que acumularia com o de director-geral do Fomento Colonial.
A ascensão político-profissional de Sá Carneiro seria coroada com a designação a 27 de Janeiro de 1943 para o lugar de subsecretário-de-Estado das Colónias, alto cargo que desempenharia até Julho de 1950. Depois da saída deste lugar, ainda exerceria outras funções relevantes no ministério das Colónias, nomeadamente a coordenação dos projectos de construção do Palácio e Museu do Ultramar, entre 1952 e 1955; a chefia da delegação portuguesa às negociações com a Grã-Bretanha, a propósito das fronteiras de Angola e Moçambique com os territórios da Federação das Rodésias e Niassalândia, que culminariam com o acordo diplomático assinado entre os dois países em Lisboa, a 18 de Novembro de 1954; a representação como vogal na Junta de Missões Geográficas e de Investigação do Ultramar; a presidência da Comissão de Nutrição do Ultramar. Nas edições da Agência Geral das Colónias publicou vários artigos e um livro, em 1947, sobre as Comemorações Centenárias da Guiné.(...)
In: Garcia, José Luís Lima - Ideologia e propaganda colonial no Estado Novo da Agência Geral das Colónias à Agência Geral do Ultramar: 1924 - 1974, Faculdade de Letras - Universidade de Coimbra, 2011.
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/20029/1/Tese-AGC-Lima%20Garcia.pdf