LIVRO EM QUE DÁ RELAÇÃO DO QUE VIU E OUVIU NO ORIENTE / DUARTE BARBOSA



Barbosa, Duarte; 
Machado, Augusto Reis (pref. e notas) 
- LIVRO EM QUE DÁ RELAÇÃO DO QUE VIU E OUVIU NO ORIENTE
Lisboa: Agência Geral das Colónias, 1946
240, [3] p. ; 22 cm - Brochado.
Capas ligeiramente escurecidas; pequeníssima lacuna na esquina superior direita da capa frontal; miolo limpo.
Bom exemplar.
Pouco frequente.
1ª edição
€17.50
Iva e portes incluídos.
Duarte Barbosa (Lisboa, c. 1480 — Cebu, 1 de maio de 1521) foi um viajante e navegador português. Serviu como oficial do Estado Português da Índia entre 1500 e 1516-17 no cargo de escrivão em Cananor e, por vezes, intérprete da língua local (malaiala).
A sua obra, "Livro de Duarte Barbosa" é um dos mais antigos exemplos de literatura de viagem portuguesa logo após a chegada ao oceano Índico. Em 1519 partiu na primeira viagem de circum-navegação com Fernão de Magalhães, de quem era cunhado, vindo a perecer em Maio de 1521 no banquete-cilada do rei Humabon, em Cebu, nas Filipinas.
Duarte Barbosa era filho de Diogo Barbosa, um servidor de D.Álvaro de Bragança que partiu para a Índia em 1501 na armada conjunta com Bartolomeu Marchionni sob o comando de João da Nova. Em 1500 o seu tio Gonçalo Gil Barbosa, após viajar na frota de 1500 de Pedro Álvares Cabral, foi deixado como feitor em Cochim e, em 1502, foi transferido para Cananor. Os locais descritos por Duarte Barbosa sugerem que terá acompanhado o seu tio nesta viagem até Cochim e Cananor. Duarte Barbosa aprendeu aí a língua local (malabar). Em 1503 foi intérprete de Francisco de Albuquerque nos contactos com o rajá de Cananor. Em 1513 assinou como escrivão de Cananor uma carta para Manuel I de Portugal onde reclamava para si o cargo de escrivão-mor que lhe fora prometido. Em 1514 Afonso de Albuquerque recorreu aos seus serviços como intérprete na tentativa de conversão do rei de Cochim ao Cristianismo, conforme relatou em carta que enviou ao rei. Em 1515 Albuquerque enviou Duarte Barbosa a Calecute para vigiar a construção de duas naus que serviriam numa expedição ao Mar Vermelho, e na qual poderá ter participado já sob o novo governador. Duarte Barbosa regressou a Portugal onde terá terminado os manuscritos, conhecidos como o "Livro de Duarte Barbosa", entre 1517-18. Inicialmente conhecido através do testemunho do italiano Ramusio, o manuscrito original foi descoberto e publicado no início século XIX, em Lisboa.