HISTÓRIA E MEMÓRIA: a Restauração de 1640 : do Liberalismo às comemorações centenárias de 1940 - Luís Oliveira Andrade

Andrade, Luís Oliveira 
- HISTÓRIA E MEMÓRIA: 
a Restauração de 1640: 
do Liberalismo às comemorações centenárias de 1940
Colecção Minerva. História nº 21, 
Coimbra: Minerva, 2001
319, [6] p. ; 23 cm - Brochado.
Bibliografia, p. 285-306
Esta dissertação propõe-se abordar o lugar da Restauração de 1640 na memória histórica nacional portuguesa. Para este objectivo, procedeu-se análise da sua presença, (i) no calendário comemorativo anual formado pelo conjunto dos feriados cívico-políticos e religiosos, (ii) na evoluo da historiografia portuguesa desde o século XIX e (iii) na celebração extraordinária que ocorreu em 1940, em pleno Estado Novo de Salazar, com as comemorações nacionais do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade e do III Centenário da Restauração da Independência. Estes três campos correspondem s três partes em que se divide o trabalho. Na I, pretende-se, com uma breve história da comemoração em Portugal nos séculos XIX e XX, apresentar a evoluo do quadro dos dias que foram inscritos como feriados nacionais em Portugal, mostrando a sua relação com as sucessivas alterações politicas que o pais conheceu, no sentido de captar o lugar relativo que o 1 de Dezembro ocupa nesses contextos. Paralelamente, analisou-se a dimensão conflitual entre as datas de cariz nacional, cívico-político, e os dias santificados tradicionais da comemoração religiosa católica. Introduziu-se, ainda, uma sinopse dos centenários celebrados em Portugal desde o último quartel do século XIX até 1940. A II, de forma selectiva, procura detectar as imagens ideologicamente determinadas que a historiografia nacional foi construindo sobre a Restauração de 1640, dado que nunca foi um acontecimento ou período histórico consensual para as várias famílias politicas portuguesas. O roteiro parte da historiografia liberal e republicana, desde meados do século XIX, passando pela produção historiográfica do nacionalismo tradicionalista da primeira metade do século XX, até História oficial imposta pelo regime autoritário do Estado Novo. Na III, pretende-se, pela análise do programa e das realizações do Duplo Centenário de 1940, surpreender a dimensão que foi efectivamente conferida Restauração de 1640 na celebração do seu III Centenário, justificando-a com as condicionantes politicas internas e externas do regime de Salazar que promoveu essas grandiosas comemorações.
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Assuntos: Restauração, 1640 (Portugal) -- Comemorações -- História