Carvalho, Maria Judite de
- OS IDÓLATRAS: contos,
Lisboa: Prelo, 1969.
147 p., 2 f. ; 20 cm - Brochado.
Muito bom exemplar.
1ª edição
€20.00
Iva e portes incluídos.
MARIA JUDITE DE CARVALHO - 1921-1998
Maria Judite de Carvalho nasceu em Lisboa. Estudou no Colégio Feminino Francês e no Liceu Maria Amália; depois disso, estudou Filologia Germânica, na Faculdade de Letras de Lisboa.
Trabalhou como jornalista na revista Eva, onde começou a publicar como contista e como cronista («Crónicas de Paris»). Mais tarde, foi redatora no Diário de Lisboa e colaborou, como cronista, no semanário O Jornal.
Reconhecida como uma das vozes mais significativas da renovação que a narrativa portuguesa conheceu, na sequência do neorrealismo, Maria Judite de Carvalho é dotada de um extraordinário talento de contista, associado à singular representação do mundo que, sobretudo nos seus contos, se dá a conhecer; na sua ficção configura-se, com precisão e com equilíbrio no tratamento das categorias da narrativa, um pequeno universo que, cabendo todo nas apertadas fronteiras de breves relatos, é capaz de transcender essas fronteiras, prolongando-se para além delas: em Maria Judite de Carvalho revela-se “uma intensidade que escolhe manifestar-se por assim dizer ‘em tom menor’” (Buescu, 2001: 293). No mundo dos seus contos, das suas novelas e dos seus romances, como no das suas admiráveis crónicas, perpassam pequenas ambições e grandes frustrações, solidões e desencantos calados, tudo projetado num cenário que, sendo marcadamente feminino, é atravessado por um calor humano inesquecível (cf. Buescu, 1998).
Títulos significativos de uma produção sempre conduzida de forma discreta: Tanta Gente, Mariana (1959), As Palavras Poupadas (1961), Paisagem sem Barcos (1964), Os Armários Vazios (1966), Flores ao Telefone (1968), Os Idólatras (1969), Tempo de Mercês (1973) e ainda Além do Quadro (1983), Seta Despedida (1995) e Este Tempo (1991; crónicas, livro distinguido com o Prémio da Crónica da Associação Portuguesa de Escritores). - in Dicionário de Personagens da Ficção Portuguesa.
MMSARD