Donoso, José;
Viseu, Virgílio Tenreiro (trad.);
Rodrigues, Sofia Castro (trad.)
- CASA DE CAMPO,
Lisboa: Cavalo de Ferro, 2008.
438, [2] p. ; 24 cm - Brochado.
SINOPSE
Uma obra magistral, considerada uma das obras-primas da literatura sul-americana. Finalmente em português.
Ambientado no século xix, este magnífico romance retrata os acontecimentos passados num dia muito especial de uma mansão senhorial. A ausência inesperada dos proprietários adultos origina que as crianças assumam o controlo da casa e, juntamente com os servos e indígenas que trabalham nas minas da propriedade, a transformem em domínio erótico e febril. Esta festiva irrupção de pulsões reprimidas propiciará uma ruptura radical com a ordem social e a instauração de um novo mundo mágico, anárquico, exuberante, mas igualmente doloroso.
Expoente máximo da narrativa latino-americana contemporânea, «Casa de Campo» constitui uma parábola moral sobre a sociedade humana, comparável ao famoso romance «O Senhor das Moscas» de W. Golding.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
"As leituras possíveis de cada cena, cada diálogo, cada história dentro da história são dúbias e frequentemente desmoronam na cena seguinte, afastando da recepção a segurança das certezas interpretativas. (...) O narrador de Casa de Campo, que não poucas vezes aborda directamente o leitor, instando-o à compreensão a partir de um olhar quase programático sobre a construção do romance, garante alguma lucidez à leitura não linear que se oferece. Aliás, essa não linearidade será a característica que tudo estrutura, permitindo assumir a sátira social e a encenação das relações entre classes como elementos dispersos no tempo, que não necessitam de uma organização cronológica para serem entendidos como retrato da complexa teia de convivências sociais, dissimulações familiares e outros pequenos ‘dramas’ da humanidade." - Sara Figueiredo Costa
«(...) um romance fundador da moderna literatura chilena e latino-americana, escrito em Espanha, em plena ditadura militar - que se desenha aqui e ali como um pano de fundo parabólico, quase em alusões gerais, como nuvens escuras pairando sobre as páginas. Mas a linguagem do romance, que esta tradução não desmente, é ora um inquietante trabalho de filigrana, ora um fantástico produto do delírio de Donoso - ultrapassando a geografia e as periferias chilenas, situando-se na história da literatura como um romance de fantasmas, uma história sobre a ameaça que nos cerca, naquele Chile que só poderia sobreviver no meio de metáforas para designar os verdadeiros antropófagos. (...) É um livro inesquecível.» - Francisco José Viegas, Revista Ler
Exemplar novo.
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