DIÁRIO MÍNIMO - Umberto Eco


Eco, Umberto; 
Pereira, Miguel Serras (trad.) 
- DIÁRIO MÍNIMO
Colecção Literatura Estrangeira, 
Lisboa Difel, 1994.
179 p. ; 23 cm - Brochado.
SINOPSE
Os «Diários mínimos», alguns dos quais, como «Fenomenologia de Mike Bongiorno», «Elogio de Franti», ou «Fragmentos» se tornaram, entretanto, clássicos no seu género e foram adaptados a números de café-concerto ou recolhidos em antologias escolares, surgiram nos anos sessenta em revistas italianas, inicialmente, eram breves histórias de costumes; mais tarde começaram a definir-se como paródias literárias, exercícios de exploração do mundo «de pernas para o ar»: Manzoni lido como se fosse Joyce, Nabokov a escrever um romance sobre um jovem que só é capaz de se apaixonar por septuagenárias, um «nouveau roman» da autoria de um gato, Milão estudada por um antropólogo da Melanésia, a Grécia de Péricles analisada como sociedade de massas por um crítico os apocalíptico, etc.
Na edição italiana, de 1983, a partir da qual foi feita a tradução que agora se publica, Umberto Eco eliminou certas crónicas de costumes excessivamente datadas e enriqueceu a secção de paródias literárias e «pastiches» com textos publicados ao longo dos últimos anos: as obras-primas do erotismo, apresentadas como livros para a «biblioteca das raparigas», os grandes textos da história da literatura avaliados por um leitor de manuscritos de uma editora contemporânea, entre outros.
Umberto Eco procurou sempre apresentar estes seus textos como «divertimentos» improvisados sem grande convicção, mas pouco a pouco começou a considerá-los exercícios empenhados uma vez que também a paródia pode ser uma forma de conhecimento.
A chave desta poética do «pastiche» podemos encontrá-la no «Elogio de Franti» onde se fala do Riso como de uma prova real: perante ela, o que é já caduco, cai de vez. Por vezes uma antecipação profética de discursos que os outros farão, anos mais tarde, mas desta vez a sério.
E assim a paródia cultural é justiceira - simultaneamente veneno e antídoto, talvez um dever intelectual de peso e responsabilidade.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Quanto à leitura deste Diário Mínimo ela é um excelente exercício para os espíritos baços e solenes que têm medo da… cultura! Mais do que isso: é uma admirável oferta de riso inteligente, de que andamos todos tão precisados.» - Expresso
Exemplar novo.
3ª edição
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