REQUIEM PARA D. QUIXOTE - Dennis Mcshade (pseud. de Dinis Machado)


Machado, Dinis 
- REQUIEM PARA D. QUIXOTE
Colecção A Phala nº 35, 
Lisboa: Assírio & Alvim, 2008.
175, [1] p. ; 19 cm - Brochado.
Sinopse
«Falar do escritor é talvez falar de Maynard», escreveu Dinis Machado sobre si próprio na Nota dos Editores à primeira edição deste "Requiem Para D. Quixote". Na altura, ele dirigia a colecção de policiais onde o livro saiu e foi precisamente um tal acaso da vida que o levou a escrever, de um fôlego e por necessidade, os três livros que a Assírio & Alvim agora reedita.
Fazer uma nota de editor sobre si mesmo era mais uma piscadela de olho ao leitor mais atento. Piscadela que, claramente, não funcionou. Vinte anos depois um leitor atento dar-lhe-ia os parabéns pela excelente tradução dos livros.
Mas, se falar do escritor Dennis McShade é falar de Maynard, não é preciso esticar muito a lógica para concluir que, então, falar de Maynard é falar de Dinis Machado. E, na verdade, são os seus livros e os seus filmes, as suas músicas e os seus fantasmas, o seu bairro e as suas lealdades, que dão corpo e voz aos monólogos maynardianos. Prelúdio que antecede em dez anos esse outro longo monólogo que revolucionou a literatura portuguesa e que se chama "O Que Diz Molero".
Se o primeiro "Mão Direita do Diabo" teve, desde 1967, duas edições para o público em geral e outra em edição de clube, este "Requiem Para D. Quixote" e o próximo "Mulher e Arma Com Guitarra Espanhola" mantinham-se, até agora, praticamente esquecidos no limbo do tempo. Uma lacuna da História que a Assírio & Alvim tem agora o privilégio de colmatar. Não só para honrar a memória de um dos maiores escritores portugueses, mas sobretudo para prazer dos leitores que, há quarenta anos, esperavam por esta oportunidade de os lerem pela primeira vez.
«Se continuas a beber, então o azul fica negro, já sabes que o sentimento é daltónico, que ao fim e ao cabo tens de matar Big Shelley e que a grande chatice é ele ter o nome de um poeta.»
(Dos monólogos maynardianos)
Exemplar novo.
€14.40
Iva e portes íncluidos.

Dinis Ramos e Machado nasceu em Março de 1930 em Lisboa, onde viveu no Bairro Alto até ao fim da sua juventude. Foi jornalista desportivo no Record, no Norte Desportivo, no Diário Ilustrado e no Diário de Lisboa. No início da década de 1960, organizou os primeiros ciclos de cinema da Casa da Imprensa e começou a escrever crítica para a revista Filme. Praticou de tudo um pouco, do poema à entrevista, e escreveu três livros policiais, com o pseudónimo Dennis McShade, para a coleção «Rififi», que então dirigia na editora Íbis. O Que Diz Molero, publicado pela Quetzal na 22ª edição, e pela primeira vez em 1977, constituiu um êxito estrondoso junto da critica e do público e vendeu mais de 100 mil exemplares. Foi ainda traduzido para espanhol, búlgaro, romeno e alemão, estando atualmente em preparação as edições em Itália e na república Checa. Morreu em Outubro de 2008.

MMSARD