VIAJANTES SOLITÁRIOS - Fernanda Pratas


Pratas, Fernanda; 
Tavares, Miguel Sousa (pref.) 
- VIAJANTES SOLITÁRIOS
Colecção Vida e Cultura, 
Carnaxide: Livros do Brasil, 2008
331 p. ; 21 cm -Brochado.
SINOPSE
O que há de comum entre Robert Capa, Lawrence Durrell e Ayrton Senna? Ou Count Basie, Henry Fonda, Carson McCullers e Carl Sagan? Ou Marguerite Duras, Richard Feynman, Franz Kafka e Karl Marx? Por razões distintas todos deixaram, é verdade, marcas indeléveis na nossa memória colectiva. Mas, acima de tudo, têm em comum a sua humanidade, mistura incerta de emoções inexplicáveis e pensamentos imperfeitos. Vista de um certo ângulo, esta verdade encerra outra, mais subtil e mais precisa: todos terão sido, pelo menos em algum instante do seu caminho, viajantes solitários. Para algumas das trinta e oito personagens incluídas neste livro de pequenas biografias - e que se segue a três outros volumes: À Beira do Abismo (2005), Beleza Interior (2006) e A Vida das Palavras (2007) -, a leitura da vida como viagem de camadas múltiplas teria maior expressão nesse sentido literal das expedições, desenhadas na geografia do Planeta. Foi assim um desassossego perpétuo que guiou o britânico Bruce Chatwin, autor de What Am I Doing Here?; Roald Amundsen, norueguês, explorador do topo e do fundo do mundo; Alexandra David-Néel, francesa, a primeira mulher ocidental a alcançar o chão sagrado de Lhassa; o pintor francês Paul Gauguin, a antropóloga norte-americana Margaret Mead ou o escritor escocês Robert Louis Stevenson, que nos fizeram chegar o exotismo e os desenganos das vidas nos mares do Sul; os escritores Karen Blixen, dinamarquesa, e Arthur Rimbaud, francês, mensageiros distintos da África Oriental, essa região da Terra que é o regaço da espécie humana. Entre muitos outros, igualmente inquietos, inconformados. Tão inspiradores que damos por nós, quantas vezes, a querer seguir os seus passos.
EXCERTOS
"[…] no fundo, há sempre uma esperança, um desejo murmurado quase a medo, de que algumas viagens não tenham regresso. De que uma parte de nós possa ficar lá, onde fomos, para sempre.[…]" "[…] Precisamos que haja alguém tão suficientemente louco para que a medida da sua loucura nos contenha. Precisamos de outras vidas, porque só a nossa não chega. Este livro e este trabalho, a devoção e o pasmo que aqui transparecem, alimentam-se de personagens como um Rimbaud, exclamando tranquilamente, depois de um interregno em França: ‘ma journée est faite - je rentre en Afrique’.[…]" - Miguel Sousa Tavares
Exemplar novo.
1ª edição
€16.00
Iva e portes íncluidos.

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