Cruz, Adão;
Martins, Albano (pref.);
Príncipe, César (pref.);
Alves, Estela (ed. lit.);
Coelho, Jorge (fot.)
- ADÃO CRUZ: tempo, sonho e razão,
Porto: Campo das Letras, 2003.
143 p. : il. ; 29 cm
Encadernação editorial, com sobrecapa.
SINOPSE
Das pinturas de Adão Cruz se poderá dizer com propriedade o que dos desenhos de Federico García Lorca disse um dia Miró: que eles parecem obra de um poeta, sendo esse, nas palavras do pintor, catalão, o melhor elogio que pode fazer-se a toda a expressão plástica. No caso de Adão Cruz (como, de resto, no de García Lorca), o dito encerra o seu quê de redundante, uma vez que, além de pintor, ele é também autor de alguns livros de poemas, em prosa e verso.
De um poema seu, precisamente "Dedicatória", é este verso: "Continuo a pintar o vento". Eis uma declaração que soa como profissão de fé do pintor, mas se serve dos instrumentos do poeta: a linguagem das metáforas. Pintar o vento é acordar "o sonho adormecido", é dar vida e movimento ao "papagaio triste" ancorado no chão, à espera do impulso - do vento - que o solte, lhe dê asas e o transforme em pássaro azul. É pôr na boca de um "deus caído" o grito de revolta contra os "sonhos desfeitos" e sacrificar no "altar da utopia” as últimas reses dum carnaval de sombras e de luzes.
A história que invariavelmente as telas de Adão Cruz contam é esta: a da caminhada do homem em direcção à "utopia do real absoluto". (…)
Excelente exemplar.
1ª edição
€35.00
Iva e portes incluídos.
MMSARD