TRIUNFO DO ROSÁRIO: repartido em cinco autos - Sóror Maria do Céu, Ana Hatherly (tradução e apresentação)


Céu, Maria do; 
Hatherly, Ana (trad.) 
- TRIUNFO DO ROSÁRIO: 
repartido em cinco autos
Lisboa: Quimera, 1992.
295, [1] p. ; 21 cm - Brochado.
Sinopse
O teatro alegórico de Sóror Maria do Céu integra-se na tradição peninsular do Auto Sacramental mas impõe-se como um vigoroso exemplo de uma atividade própria. Publicados durante o reinado de D. João V, estes cinco autos do Triunfo do Rosário representam o apogeu de um estilo e de uma maneira de conceber o mundo característicos da época do final do Barroco português.
Exemplar novo.
1ª edição
€15.50
Iva e portes incluídos.


Sóror Maria do Céu (Lisboa, 11 de Setembro de 1658 - Lisboa, 28 de Maio de 1753) foi uma freira clarissa, escritora, poetisa, e dramaturga barroca portuguesa.
Antes de entrar no celibato, em 27 de junho de 1676, tinha o nome de Maria da Eça e, ao escrever nomeadamente as suas comédias, igualmente usa o pseudónimo Sor Marina Clemência.
Era filha de António de Eça de Castro e de Catarina de Távora, filha de Antão de Almada, 7.º conde de Avranches.
Nasceu em Lisboa, na época a grande capital do Império Português, e entregou-se à clausura (tornou-se sóror) quando entrou no Convento da Esperança, em 1676, tendo ocupado os cargos de mestra de noviças e abadessa.
Muito culta e inteligente, Maria do Céu era das poucas mulheres que, na altura, tinham acesso a um vasto conhecimento, sendo portanto uma das raras mulheres intelectuais à época no país. Desde jovem escreveu diversos poemas e, aquando da sua estadia no convento, a sua "veia poética" cresceu e, mais tarde, foi dita como uma das melhores poetisas que Portugal já conheceu. A sua escrita destacou-se pela riqueza de imagens e musicalidade e aspirações teatrais.
Escreveu também alguns autos e comédias de carácter religioso, que foram adaptados, posteriormente, para teatro. Sob o pseudónimo de Maria Clemência, seguido da indicação «Religiosa de S. Francisco no Mosteiro da Ilha de S. Miguel», assinou várias obras, hoje consideradas obras-primas do Barroco no país, entre elas A Fénix Aparecida na Vida, Morte, Sepultura e Milagres da Gloriosa Santa Catarina, escrita em 1715, e Enganos do Bosque, Desenganos do Rio, concretizada no ano de 1736.
O seu nome é conhecido também no teatro, já que assinou três pequenas peças, duas delas, Auto de S. Alexo – Maior Fineza de Amor e Alegoria Poética a S. Alexo - Las Lagrimas de Roma e Auto de S. Alexo – Amor es Fé.
Em 1992, a pesquisador Ana Hatherly publicou A Preciosa de Sóror Maria do Céu, atualizando o códice da Biblioteca Nacional.