Lejeune, Idalina Matos
- MEMÓRIA E ARTE DE CONTAR
EM MANUEL DA FONSECA,
Colecção A IELTsar se vai ao longe nº 21,
Lisboa: Instituto de Estudos de Literatura Tradicional;
Colibri, 2007.
232, [3] p. ; 23 cm - Brochado.
Bibliografia, 229-232
SINOPSE
Memória e Arte de contar em Manuel da Fonseca apresenta-se como uma viagem ao universo ficcional do autor, através da análise de dois volumes de contos, Aldeia Nova e O Fogo e as Cinzas. Procura descortinar os mecanismos da escrita que o tornam uma voz única na arte de narrar, à maneira de um contador de histórias, tecendo as suas narrativas em jeito de conversa como se se encontrasse na presença física de um ouvinte.
Esta figura do contador desenha-se de maneira convergente a partir de três ângulos de visão: a estrutura narrativa dos contos; a metalinguagem de Manuel da Fonseca sobre a sua forma de contar, visível em entrevistas várias e nos prefácios dos seus livros e, finalmente, as personagens dos contos enquanto contadores de histórias.
É, de facto, esta humanidade descrita pelo autor, velhos e jovens presos à memória do passado e de olhos cegos para a realidade que os cerca, que ao desfiar memória constrói uma mise en abîme da arte de narrar de Manuel da Fonseca, tornando-o um autor entre a tradição e a modernidade, atento ao seu tempo e guardião daquilo que é intemporal na arte de contar histórias.
Muito bom exemplar.
1ª edição
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