Marmelo, Manuel Jorge
- O SILÊNCIO DE UM HOMEM SÓ,
Colecção Campo da Literatura nº 116,
Porto: Campo das Letras, 2004.
118, [1] p. : il. ; 21 cm - Brochado.
SINOPSE
Grande Prémio de Conto "Camilo Castelo Branco", da Associação Portuguesa de Escritores, 2004.
Neste dia, porém, quando Luís Maria sentir a casa solidamente cercada pela noite, não é para a cama que dirigirá os passos. Virá à janela para olhar as estrelas, abrirá a porta - que ficará escancarada - depois de ter agarrado a corda que estava presa num prego pelo lado de dentro e sairá para a calçada, devagar, principiando a caminhar sem pressa entre as pequenas casas que empalidecerão ao luar. Terá esquecido o chapéu. Ao longe, haverá um cão uivando. Atravessará a vila na direcção do cemitério, ignorando o coreto, aconchegará o rolo de corda no ombro e respirará com força para sentir o cheiro da terra e o calor que dela se desprende nas noites de Verão.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
"Pode funcionar como cartão-de-visita, resumo-mostruário da obra do autor". - Mário Santos, Público, Mil Folhas
"É interessante verificar que, entre os pastiches e variações lúdicas de temas ‘clássicos’, espreita sempre a cabeça do narrador, que é capaz de comentar, não só certas situações e traços de personagens, como os próprios mecanismos da ficção. É como se tudo o que Marmelo escreve fosse para ser lido em segundo grau - o que lhe permite exercer, com evidente gozo e proveito, a nobre arte da ironia". - José Mário Silva, Diário de Notícias
"Há livros assim, que ousam gritar os silêncios, revelando o lado inconfessável e sombrio da alma. ‘O Silêncio de um Homem Só’, o mais recente livro de Manuel Jorge Marmelo, é uma colectânea de quinze histórias, ou quinze corredores, ou nervos, desse exílio mudo, porém o único onde somos verdadeira e inteiramente sós. Esta leitura mostra-nos, também, desafiando-nos, o impulso criador da solidão e como com ele se constroem as asas da liberdade. Uma surpresa. Sobretudo, uma companhia preciosa para a solidão do nosso silêncio." - Teresa Sá Couto, "Kaminhos Magazine"
"Uma história em várias histórias, sempre com o mesmo à-vontade narrativo e sempre com a já costumeira dose de humor que Manuel Jorge Marmelo costuma emprestar à sua escrita. Campo de boa leitura, este! Um autor sempre a confirmar-se." - Magazine Artes
"O M.J.M. já o disse várias vezes, é um narrador muito subestimado, injustamente subestimado; estes contos são muito bons e merecem encontrar leitores - a sua língua ecoa por corredores de festa e de euforia, tanto como por horas de absoluta preciosidade, como se às vezes aparecesse um verso a quebrar a ideia de prosa. Mais uma vez, um bom livro do Jorge" - Francisco José Viegas, blog Aviz
Exemplar novo.
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MMSARD