ÉTICA: manuscritos ordenados segundo a reconstrução cronológica da sua composição - Dietrich Bonhoeffer
Bonhoeffer, Dietrich;
Morão, Artur (trad.)
- ÉTICA: manuscritos ordenados segundo
a reconstrução cronológica da sua composição,
Colecção Teofanias nº 6,
Lisboa: Assírio & Alvim, 2007.
382 p. ; 19 cm - Brochado.
SINOPSE
«A da capa é uma das últimas fotografias suas, e foi feita no presídio militar de Tegel, em Berlim, durante o Verão de 1944. Teria Dietrich Bonhoeffer 38 anos de idade. Nascido entre a grande burguesia alemã, com uma inteligência acerada, múltipla, velocíssima, conclui cedo o Doutoramento em Teologia (a tese intitulava-se Sanctorum Communio. Ensaio Dogmático Sobre a Sociologia da Igreja) e passa a acumular a actividade docente e o encargo de Pastor, no espaço de tradição luterana. Com a ascensão de Hitler, e face às arbitrariedades que se desenham, organiza uma oposição cristã ao regime. Nos anos sucessivos é vigiado, proibido de ensinar, falar em público ou propor editorialmente os seus escritos. Mas, na clandestinidade, emerge como uma referência moral e de pensamento de que muitos se socorrem. A participação no atentado falhado contra o führer levá-lo-á à prisão militar. A minúscula cela com o n.° 10, que lhe é então atribuída, depressa se transforma num laboratório imenso da esperança humana. Escreve aí Resistência e Submissão. A sua morte ocorre a escassos meses do fim da guerra, no Lager de Flossenbürg. Em 1940, numa tentativa de subtraí-lo ao cerco persecutório, a sua Igreja pedira-lhe que desenvolvesse estudos no domínio da ética. Bonhoeffer desloca-se então para as proximidades de Abadia Beneditina de Ettal, numa zona de montanha. Reside num pequeno albergue e é-lhe entregue a chave da biblioteca monacal, que ele frequenta dia e noite. Começa assim a história deste que é um dos textos mais fascinantes do século XX.»
«Como na edição portuguesa, agora proposta, se trata da simples Ética, sem integração num plano coeso da publicação da obra integral de Dietrich Bonhoeffer, renunciou-se à inclusão e à tradução do aparato crítico que contém e apresenta as rasuras, correcções e hesitações do teólogo, e ainda as indicações circunstanciadas acerca das opções dos curadores do texto definitivo. Aproveita-se, no entanto, o conteúdo — mas muitas vezes aligeirado — das notas elucidativas propostas pelos estudiosos alemães sobre as alusões implícitas, contidas no discurso do teólogo, as influências por ele sofridas, e incluem-se igualmente as referências bibliográficas dos autores ou concernentes às ideias com que ele se defronta ou também pode concordar. Mas nem sempre se registam em toda a sua textura; antes se simplificam. Só uma leitura do texto original na edição crítica poderá, pela atenção prestada às notas dos investigadores, revelar as circunstâncias, as interrupções, as mudanças de orientação, as indecisões do discurso e as tentativas de uma expressão mais forte do pensamento de Dietrich Bonhoeffer. Nesta versão para a língua portuguesa pretendeu-se apenas preservar a densidade e o rasgo peculiar do seu verbo, a luminosidade da sua reflexão teológica que, decerto, continuará a inspirar a acção de muitos no corpo do tempo e da história e na opaca atmosfera do actual niilismo.» In Introdução.
Excelente exemplar.
1ª edição
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Dietrich Bonhoeffer (Wrocław, 4 de fevereiro de 1906 — Flossenbürg, 9 de abril de 1945) foi um teólogo e filósofo, pastor luterano, membro da resistência alemã anti-nazista e membro fundador da Igreja Confessante, ala da igreja evangélica contrária à política nazista.
Bonhoeffer envolveu-se na trama da Abwehr para assassinar Hitler. Em março de 1943 foi preso e acabou sendo enforcado semanas antes do próprio Hitler cometer suicídio e exatamente um mês antes do fim da II Guerra Mundial.
MMSARD